Explica-se que o alto teor de interações na internet tem um poder considerável na busca por informação e é através das interações que temos esse favorecimento. Para Kozinets (1999), quando um indivíduo torna-se frequentador assíduo das ferramentas de comunicação da internet, este passa a tê-las como um meio para interação social e aquisição de conhecimento. Contextualizando, Moore eServa (2007) destacam que em comunidades virtuais e colaborativas para os membros terem contribuição e assiduidade efetiva, deverá haver uma variação de acordo com a participação em grupos de interesses comuns. Essa determinação em como utilizar os ambientes virtuais, está aliada as características do ambiente virtual proporcionado pelos softwaressociais. O usuário participará de redes sociais virtuais de acordo com seu interesse, tipo e objetivo da rede (MALONEY, KRICHMAR ePREECE, 2005).
Podem-se abordar software que possibilitam essa participação virtual em redes destacando características citadas por Palácios (1998) e Recuero (2006) com relação às características do espaço virtual que constituem. Segundo Lemos (2004), os sistemas de comunicação mediados por computador trazem vantagens extremas aos sujeitos, já que ultrapassa os paradigmas da localização e presença, possibilitando assim concretização e estabilização de relações sociais mantidas a distância. Essas relações que podem ter diversas camadas, onde serão criadas, mantidas e têm na web um espaço para interação. Observando a definição original de Vigotsky (2000), a interação torna-se essencial a uma melhor organização do pensamento. A solução de problemas ocorreria por meio de uma linha lógica e elaborada que tem como líder do grupo um professor ou membro mais experiente do grupo. Ou seja, para que essa interação aconteça satisfatoriamente numa rede social é necessário que dois ou mais membros interajam de uma forma coerente.
Segundo Primo (2007), em comunidades virtuais em redes há formas especiais de expressão da aprendizagem e comunicação. Quanto à aprendizagem, existe uma maneira diferente e especial de se pensar, pois, não se trata de uma aprendizagem escolar-formal, e sim de uma aprendizagem considerada social, como defende Vigotsky (2002).
O texto acima é parte do livro:
GOMES, Alex Sandro, ROLIM Ana Luiza, SILVA, Wilson Martins (Eds.). Educar com o Redu, Recife: Redu Educational Technology, 2012. 103 p. ISBN 978-85-415-0037-1.
O livro apresenta o ambiente de ensino Redu e pode ser baixado gratuitamente no seguinte endereço: http://educarcom.redu.com.br. Boa leitura!